“Acho que temos todas as idades dentro de nós. Mas não temos acesso. Se as quisermos de volta, temos de escrever sobre elas. Escrever é lembrar”
(Karl Ove Knausgard, escritor)
OFICINA DE MEMÓRIAS E PUBLICAÇÃO DE LIVROS
BENEFÍCIOS
Estimula a memória, desenvolve a linguagem, amplia autoestima, sociabilidade, comunicação e criatividade.
Dentro de um residencial de idosos, incentiva a criação de vínculo com o espaço a partir da autovalorização e da percepção de novos potenciais.
Principalmente, proporciona maior "Qualidade de Vida" para o idoso:
“ O importante é trazer qualidade de vida para aquele idoso e a estimulação cerebral por atividades como o relato de lembranças (...) leva a isso”
(Sérgio Leme da Silva, coordenador do Serviço de Neuropsicologia do Centro de Medicina do Idoso do Hospital Universitário de Brasília)
PÚBLICO-ALVO E DINÂMICA
Destina-se não só ao público com mais de 50 anos como aos seus familiares, com o objetivo de ajudar a resgatar e registrar memórias em livro ou outro tipo de publicação, inclusive eletrônica.
Entrevistas individuais ou dinâmicas de grupo, particulares ou em instituições de idosos.
Demonstração: Workshop para grupos de até seis pessoas, com duração de três horas, para apresentação do método, desenvolvido por Christiane Brito, jornalista e biógrafa, pós-graduanda em Gerontologia.
Fundamentos: antroposofia, storytelling, escuta terapêutica (CVV) e escrita criativa (Proustiniana)
AVALIAÇÃO E PUBLICAÇÃO
Os participantes das oficinas são avaliados comparativa ou regularmente, com aplicação de testes de prontidão mental e afetiva (Mini-exame do Estado Mental – MEEM, e Escala de Depressão Geriátrica de Yesavage, versão curta).
Ao final do módulo de criação (a duração varia conforme objetivos e planejamento previamente determinados), o material é editado e publicado em scrapbook ou livro.
Na opção "livro", a produção segue para selfpublishing, o que inclui formatação e-book e disponibilização para venda eletrônica (Amazon).
O lançamento é feito em local público, em livraria ou no próprio residencial. Divulgação na mídia eletrônica.
“O passado é sempre uma morada. Não podemos evitar que uma parte de nossa vida permaneça ali, colecionando gozos ou rancores, transmutando os mumificados fatos em delírios, visões ou pesadelos”.
(Mario Benedetti)
Se o passado e a sua ressignificação são parte inevitável da vida, o longeviver depende do resgate da memória afetiva positiva. Ela permite que o idoso crie, dentro de uma instituição de longa permanência, um ambiente de inclusão e de autovalorização.
A Oficina de Biografia do Idoso trabalha com essa perspectiva, estimulando o relato e propondo o registro biográfico em textos: livros ou cadernos de memória. Esse material é a parte tangível do processo, o legado histórico que o idoso e a instituição compartilham com familiares e comunidade.
Pode originar um acervo documental que recupera, muito além do tempo, o espaço de origem e destino do idoso.
“Graças à memória, o tempo não está perdido, e, se não está perdido, também o espaço não está. Ao lado do tempo reencontrado está o espaço encontrado, um espaço que é descoberto e acessado graças ao momento desencadeado pela lembrança”
George Poulet (O Espaço em Proust, 1992)