A história que as imperfeições contam
- Christiane Brito
- 31 de jul. de 2015
- 1 min de leitura
Desde que nascemos o mundo nos acondiciona em contêineres – gênero, raça, nome, profissão (...) -- que aprisionam nosso movimento e escondem cicatrizes da alma. O que está fora acaba por definir o que somos.
Eu me pergunto se nos reconheceríamos do avesso ou além dos nossos corpos.

A escultora Paige Bradley respondeu à própria pergunta fazendo uma escultura de mulher na postura de lótus. Levou seis meses para terminar a obra em bronze que depois quebrou e restaurou, usando eletricidade para iluminar as fendas. A técnica é similar à do Kintsugi , arte milenar japonesa de recuperação da cerâmica quebrada. As fissuras, preenchidas com ouro ou outro metal precioso em pó, são ressaltadas na restauração e a peça torna-se mais valiosa justamente pela história que suas imperfeições contam.
Detalhes técnicos: Expansion | Bronze with Electricity | 76 x 35 x 17 in | 193 x 89 x 43 cm
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